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Saúde

Por que é importante falar sobre suicídio e como ajudar?

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Esse é o mês de campanha do Setembro Amarelo, um alerta sobre a realidade do suicídio no Brasil, no mundo e suas formas de prevenção.

O assunto é muito sério e deve ser tratado com respeito – mas sim, deve ser falado e com muito cuidado. Afinal, não dá para fechar os olhos quando a taxa de suicídio entre os jovens aumenta 10% desde 2002 e as buscas pela palavra “suicídio” aumentaram 100% no Google em abril deste ano, mesma época em que as buscas pelos termos “suicídio indolor” e “suicídio rápido” subiram assustadoramente.

Entenda agora por que devemos falar sobre suicídio e como o podemos ajudar pessoas que estão passando por momentos difíceis. 

Dados mostram que 90% dos casos de suicídio podem ser evitados

De acordo com os organizadores do Setembro Amarelo – uma iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com o Conselho Federal de Medicina, a Federação Nacional dos Médicos, Associação Médica Brasileira, Cruz Vermelha, Sociedade Brasileira de Neuropsicologia, Centro de Valorização da Vida, Exército Brasileiro e o Ministério Público de São Paulo – em pelo menos 90% dos casos, o suicídio pode ser evitado.

A questão é tão séria e global que desde 1990 é tratada como um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

E não é para menos. O suicídio é a principal causa de morte entre jovens de 25 a 34 anos e é o responsável por uma morte a cada 40 segundos em todo o mundo.

Dados da OMS mostram que mais de 800 mil pessoas cometem suicídio por ano no planeta, a maioria homens e de países de baixa e média renda. Globalmente, os métodos mais comuns são ingestão de pesticida, enforcamento e armas de fogo.

O Brasil ocupa o oitavo lugar no ranking de suicídios – teve um aumento de 2,3% em 1 ano , com uma ocorrência a cada 46 minutos – mas fica em 113º lugar em número de casos por cada 100 mil habitantes.

O estado que mais contabiliza episódios é o Rio Grande do Sul, ficando o Rio de Janeiro em último lugar. Em 2012 o país registrou 12 mil mortes.

Só em Minas Gerais, em 2015, foram 1.253 suicídios, a maior parte deles de pessoas entre 30 e 39 anos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e a Secretaria Estadual de Saúde.

No entanto, no início de 2017 os números de suicídios e tentativas aumentaram no Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraíba e Santa Catarina, aparentemente relacionados a um jogo chamado Baleia azul, no qual os jogadores são incentivados a cometer automutilações e suicídios.  Continue lendo e saiba mais!

Por que devemos falar sobre suicídio e como o plano de saúde pode ajudar?

Em abril, época em que as buscas pelo assunto aumentaram drasticamente no Google, a Netflix lançou a série “13 Reasons Why”, sobre uma adolescente que registra em áudio os motivos que a levaram a se suicidar.

Especula-se que o aumento de casos esteja relacionado ao chamado “efeito Werther”, uma referência a um livro lançado na Europa no século XVIII e que desencadeou uma onda de suicídios.

Esses fatos reacendem a discussão sobre como tratar assuntos polêmicos sem incentivar imitações na vida real.

Para os especialistas, não falar sobre o suicídio pode ser tão devastador quanto falar de forma inadequada. O silêncio apenas alimenta o tabu, mas é preciso falar sobre o problema sem fazer sua promoção.

É preciso não glamourizar o suicida, o que costuma ocorrer quando uma celebridade se mata ou quando uma personagem se mata por amor, por exemplo.

Ele não pode ser transformado em herói, o suicídio é um ato de desespero que não pode ser incentivado.

Divulgar locais e formas de obter ajuda e apresentar alternativas é uma forma de falar sobre suicídio, mas com foco na sua prevenção, é preciso criar uma rede de cuidado, aprender a identificar os sintomas lutar para salvar vidas.

Meta mundial da OMS é reduzir em 10% os casos de suicídio até 2020

Vários suicídios ocorrem em momentos de crise, mas também pode haver catarse coletiva, promovida pelo aumento de relatos de casos na internet, com impacto amplificado pelas redes sociais de práticas e assuntos que são tabus e despertam a curiosidade.

Segundo a OMS, podem ser evitados com base em evidências e intervenções, medidas que podem ser tomadas junto à população, à subpopulação e a níveis individuais. A meta é reduzir em 10% os casos mundiais de suicídio até 2020.

Quem está planejando a própria morte costuma apresentar alguns sinais, como desinteresse pelas coisas cotidianas, abandono das atividades de lazer, encerramento de contas bancárias e deixar orientações e mensagens.

Cerca de 35% dos casos de suicídio são causados por depressão, cujos principais sintomas são perda de apetite ou ganho de peso, insônia e ideias pessimistas.

Outras causas são bipolaridade, esquizofrenia, abuso de álcool e drogas, neurose, psicose e transtorno de personalidade. Pessoas que perdem vínculos sociais também são mais susceptíveis ao suicídio.

Se você tem ou conhece alguém com qualquer um desses sintomas tente ajudar e se possível encaminhá-la ao psicólogo ou psiquiatra. No Centro de Valorização da Vida (CVV), voluntários atendem 24 horas por dia pelo telefone 188, Skype ou pelo site www.ccvv.org.br.

Toda vida Importa!

Denise
SOBRE O AUTOR: Posts desse autor

Denise Huguet

Jornalista formada pela PUC-RJ com certificação pela Rockcontent em produção de conteúdo. Já fui repórter, redatora, editora, assessora de imprensa e apresentadora de telejornal com passagens por jornais como O Globo, O Fluminense, A Tribuna e várias instituições de pesquisa e ensino. Desde 2010 me dedico integralmente à produção de conteúdo. Portfólio: https://denisehuguet.wixsite.com/dhcomunicacao

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