Planos empresariais são importantes para manter a saúde no país
Filas imensas para atendimento básico, marcação de exames e consultas para meses à frente, falta de médicos, de enfermeiros, de materiais e medicamentos, unidades fechadas, desrespeito com o contribuinte: em um país em que há décadas o sistema de saúde pública vem sendo sucateada, ano após ano, governo após governo, os planos empresariais tornaram-se fundamentais para manter a saúde da população. Os dados – e a conclusão – são da própria Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgados no segundo trimestre de 2015.
Planos para todos os tipos de empresas
De acordo com o levantamento feito pela ANS, dos 50,5 milhões de beneficiários de planos de saúde no Brasil, 66,5% são usuários de planos oferecidos pelas empresas a seus funcionários. Vale notar que estes estão cada vez mais abrangentes e versáteis, procurando abraçar os perfis empresariais mais distintos. Hoje, os microempreendedores, por exemplo, podem usufruir desses planos, a maior parte deles a partir de três vidas, ainda que haja também, apesar de em menor oferta, aqueles a partir de duas vidas, que encaixam-se como uma luva para quem é MEI e só pode ter um funcionário.
Quais tipos de cobertura geralmente são oferecidas em um plano de saúde empresarial
A “cobertura” é definida como o conjunto de procedimentos que são contemplados em um plano de saúde empresarial, sem o acréscimo de custos ou pagamentos adicionais. Os planos empresariais são muito distintos entre si e abordam coberturas diferentes, podendo incluir:
- Consultas;
- Exames;
- Internações hospitalares;
- Procedimentos cirúrgicos;
- Tratamentos médicos (como quimioterapia e hemodiálise);
- Acompanhamento obstétrico e partos.
A lista de procedimentos obrigatórios é regulamentada pela ANS (Agência Nacional de Saúde). O nome oficial desta lista é “Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde”, você pode acessá-la no site oficial da ANS e fazer consultas gratuitamente.
Quadro é similar em relação à saúde bucal
Além dos 66,5% de usuários de planos empresariais, a pesquisa da ANS mostrou ainda que 19,4% das contratações de planos de saúde são familiares ou individuais e 13,4% os por adesão, aqueles que são contratados junto a entidades de classe, como associações, sindicatos e conselhos profissionais.
Mas se a saúde do país pode estar nas mãos dos planos empresariais, a saúde bucal ao que tudo indica também não fica muito diferente. Em relação aos planos exclusivamente odontológicos, dos 21,5 milhões de beneficiários, 73,6% são também empresariais. Atrás deles, os individuais ou familiares ficam em segundo lugar, com 17,3%, e por ultimo os por adesão, com 8,7%.
Brasil já tem quase 1.400 operadoras registradas pela ANS
Quando se fala em variedade de planos para todos os perfis e bolsos, não há nenhum exagero. Segundo a ANS, o Brasil já conta com 1.390 operadoras registradas na agência, a maioria delas médico-hospitalares (1.013) e a minoria exclusivamente odontológicas (377) – que oferecem nada menos que 33,7 mil planos de saúde e 3,1 mil odontológicos.
Ainda de acordo com o estudo feito pela ANS, as pessoas dos 10 aos 39 anos são as que mais consomem planos de saúde, totalizando 20,3% (10,2 milhões) – e, ao contrário do que muita gente imagina, lá na outra ponta estão os idosos com mais de 80 anos, perfazendo apenas 2% dos beneficiários, ou 1 milhão do total.