O Consumo de Álcool Traz Malefícios à Saúde?
Aquele chopinho depois da praia, com os amigos depois do trabalho, o vinho nas noites especiais de sexta-feira, a caipirinha para acompanhar o churrasco ou a comida mineira. Afinal, será que o álcool faz mesmo mal à saúde? Em que medida?
Todo mundo sabe que o excesso de álcool está relacionado a diversas doenças e problemas sociais. Mas e o seu consumo moderado? Será que também faz mal? O problema começa já no conceito da quantidade de consumo, já que pode variar de indivíduo para indivíduo, de cultura para cultura.
Veja agora como o consumo de álcool afeta o organismo e como o plano de saúde pode colaborar com soluções para o problema.
Quais os padrões de consumo de álcool
Beber socialmente, beber com moderação. O conceito de uso moderado do álcool leva à ideia de um padrão aceito pela sociedade. Ma vamos ser sinceros, isso é difícil definir. Vai depender, por exemplo, do grupo social ao qual se pertence.
Mas o pior, para a Organização Mundial da Saúde (OMS), é que estes termos induzem a uma ideia errada de que, dentro do que é “socialmente aceitável”, o álcool não faz mal. Faz sim.
De acordo com a OMS, se a pessoa ingere álcool, o risco de problemas de saúde existe. E ele aumenta se esse consumo é superior a 2 doses por dia. Ou para quem não deixa de beber, pelo menos, dois dias na semana.
Você sabe qual é a dose-padrão?
E é bom saber o que a OMS entende por dose-padrão: 330 ml de cerveja, 140 ml de vinho ou 40 ml de destilado. Cada uma contém, aproximadamente, 10g de álcool puro.
No entanto, segundo a OMS, há grupos que nem em pequenas quantidades devem beber.
São mulheres grávidas ou que querem engravidar; crianças e menores de 18 anos; pessoas em uso de medicações; quem vai dirigir ou desenvolver alguma atividade que necessite atenção; hipertensos, diabéticos ou quem tenha condição clínica que possa ser piorada com o uso do álcool.
Benefícios com o uso moderado do álcool? Sim, mas os prejuízos são maiores
Nos últimos tempos, muito se tem divulgado pesquisas que mostram vários benefícios do consumo moderado de álcool. E aí começa a discussão, porque é verdade.
A literatura indica diminuição do risco de incidência de doenças cardiovasculares e das perdas cognitivas decorrentes da idade. Isso sem falar na redução do estresse e da ansiedade, além da promoção do bem-estar.
O problema é que também traz malefícios à saúde. Mesmo o uso moderado do álcool está relacionado ao aparecimento de mais de 10 tipos de câncer, especialmente os de intestino e de mama, e ainda anomalias fetais.
Pelo menos, quem tem plano de saúde tem a cobertura completa garantida pela ANS. Só que, ainda que isso sirva de consolo, na verdade acabaram de descobrir que o problema é ainda muito maior.
Álcool afeta permanentemente o DNA das células-tronco
Pesquisadores da Universidade de Cambridge descobriram que o etanal ou acetaldeído, um derivado que se forma quando o corpo reage ao álcool, danifica o DNA das células-tronco.
Os cromossomos se emparelham aleatoriamente, danificando as sequências de DNA. Com isso, as células-tronco defeituosas se alastram mais facilmente pelo corpo, facilitando o surgimento de tumores.
Mas o que é ruim pode piorar. O caso é que os cientistas decidiram olhar para a forma de defesa do organismo ao álcool – e descobriram uma enzima (ALDH) que cataliza e quebra o etanal. Boa notícia? Que nada!
Milhões de pessoas ao redor do mundo não têm essa enzima, ficando até 4 vezes mas expostas aos danos no DNA. E, em quem tem, além de o reparo no DNA não ser perfeito, a pessoa continua exposta a vários outros tipos de câncer.
Consumo de álcool no Brasil é acima da média mundial
A questão é que o álcool não acarreta apenas em câncer e prejuízos ao organismo em geral, mas também em danos emocionais, psiquiátricos e sociais.
De acordo com a OMS, o consumo de álcool no Brasil é acima da média mundial. Por aqui, 10% da população sofre com o alcoolismo, sendo 70% homens.
O tratamento pode envolver desintoxicação – retirada da bebida com acompanhamento profissional – medicamentos de controle do desejo de beber, internação e acompanhamento psiquiátrico individual ou em grupo.
Faça do plano de saúde seu aliado
É bom saber que os planos de saúde são importantes aliados nessa luta. Eles são obrigados a custear as despesas com internações psiquiátricas decorrentes de alcoolismo e não podem interromper o tratamento.
De acordo com o STJ, é abusiva a cláusula que limita no tempo a internação do paciente, já que a operadora não pode estabelecer um prazo para a recuperação de um paciente. A Justiça determina que apenas ao médico que o assiste cabe prescrever o tratamento mais adequado e a sua duração.
Alcoolismo é doença e discriminar a pessoa ou a patologia é crime. A solidadriedade e a colaboração da família, dos amigos e da sociedade em geral é essencial para a solução do problema.
Além disso, o plano de saúde tem cobertura para várias outras doenças causadas pelo alcoolismo e muitos contam com programas para grupos especiais.
(Fontes: Cisa, Exame, Criasaúde, TVBrasil, Migalhas, Albert Einstein)
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