Pesticidas aumenta risco de esclerose lateral amiotrófica?
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Um estudo realizado pela Universidade de Michigan, nos EUA, alertou o mundo para algo que pode ser muito perigoso, principalmente para pessoas que trabalham nos campos e indústrias têxteis. A exposição a diversos tipos de pesticidas e substâncias químicas aumentam as chances de desenvolvimento da esclerose lateral amiotrófica (ELA).
O estudo consistiu em analisar 122 substâncias químicas. A exposição recorrente ao pesticida cis-clordando, aumentou em quase seis vezes o risco de desenvolvimento da ELA, já a exposição ao pentaclorobenzeno, muito utilizado em fungicidas duplicou as probalidades de desnenvolvimento de ELA, enquanto o difenil-polibromado muito utilizado em indústrias têxteis elevou o risco de desenvolvimento da doença em quase 3 vezes.
Afinal o que é a Esclerose Lateral Amiotrófica?
Também conhecida por ELA – a Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença do sistema nervoso, totalmente degenerativa, que leva o paciente à fraqueza muscular progressiva. Embora seja considerada rara é muito importante conhecer seus sintomas para orientar familiares e amigos.
A ELA é um subtipo mais frequente da doença do neurônio motor. Nessa doença, ocorre a morte progressiva das células da medula e do circuito de conexão neural, levando os pacientes a perderem os movimentos de maneira lenta e gradativa.
Sintomas da ELA
Os principais sintomas da ela são:
- Fraqueza progressiva das mãos, pernas, pés e tornozelos;
- Dificuldade progressiva em andar – muitos tropeços;
- Alteração progressiva da fala – mudança da voz e fala empastada;
- Dificuldade para engolir;
- Fraqueza progressiva para segurar a cabeça.
Plano de saúde é fundamental na prevenção, diagnóstico e tratamento
Ter um plano de saúde pode fazer toda a diferença quando o assunto é prevenção, diagnóstico e também no tratamento da ELA. Geralmente pessoas que trabalham na zona rural ou então em empresas têxteis possuem planos de saúde oferecidos pelos empregadores. Sindicatos e legislação exigem que pessoas que trabalham com pesticidas e produtos químicos façam exames regulares para terem noção de quão saudáveis estão.
Exames que auxiliam no diagnóstico da ELA
Exames geralmente são caros de serem realizados e muitos deles não são feitos pelo SUS, por isso a importância de se ter um plano de saúde, pois ele garante que as pessoas possam fazer os exames necessários para controle e diagnóstico de prevenção da ELA. Os principais exames para diagnóstico da ELA são:
- Exames de sangue;
- Exames de urina;
- Exames do liquido cefalorraquidiano;
- Eletroneuromiogradia;
- Ressonância magnética.
Tratamento
Por se tratar de uma doença neurológica, os pacientes que adquirem ELA precisam passar por médicos neurologistas, e muitas vezes parte do tratamento é feita por fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Depender do SUS para realizar um tratamento de ELA não é algo que os brasileiros desejam, assim como precisar pagar por todos esses profissionais não é nada barato. Pensando dessa maneira possuir um plano de saúde é mais do que fundamental para dar ao paciente portador da ELA um bom tratamento, que proporcione bem-estar e qualidade de vida.
Se você é um trabalhador rural, ou então trabalha em uma fábrica de produção têxtil exija de seus empregadores um plano de saúde. Caso os empregadores não forneça, procure o sindicato de sua categoria, muitas vezes há uma série de planos de saúde oferecidos por eles. Preze sempre por sua saúde, independente de qual seja seu trabalho, a segurança com a saúde vem sempre em primeiro lugar.
O que as pesticidas podem fazer?
Os pesticidas são substâncias químicas amplamente utilizadas na agricultura para proteger as colheitas de pragas, doenças e ervas daninhas. No entanto, seu uso indevido ou excessivo pode ter sérios impactos na saúde humana. Alguns dos principais problemas relacionados ao uso de pesticidas incluem:
Toxicidade aguda
A exposição direta ou ingestão de pesticidas altamente tóxicos pode causar envenenamento agudo, levando a sintomas imediatos como náuseas, vômitos, tonturas, dor de cabeça, dificuldade respiratória e até mesmo a morte em casos graves.
Toxicidade crônica
A exposição a pesticidas ao longo do tempo, mesmo em doses não letais, pode aumentar o risco de desenvolver doenças crônicas. Isso inclui problemas de saúde como câncer, distúrbios neurológicos, problemas hormonais, problemas reprodutivos, doenças do sistema imunológico e doenças do sistema endócrino.
Resíduos em alimentos
Os resíduos de pesticidas podem permanecer em frutas, vegetais e outros alimentos, mesmo após o processamento. A ingestão constante de alimentos com altos níveis de resíduos de pesticidas pode aumentar o risco de problemas de saúde a longo prazo.