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Saúde

Como se Preparar para a Cirurgia Bariátrica

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A cirurgia bariátrica é a esperança de muitas pessoas para recuperarem a qualidade de vida. Segundo os números da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), em 2018, houve um crescimento de 47% em relação a 2012. O plano de saúde é hoje o maior facilitador desse procedimento.

No Brasil, uma em cada cinco pessoas é obesa. O percentual (18,9%) é cinco vezes maior do que no início da série histórica, em 2006, mas, mesmo assim, parece ter estagnado nos últimos anos.

A maioria das cirurgias de redução do estômago, como também é conhecida, acontece pela rede particular. O SUS atende apenas os casos mais graves, que totalizam cerca de 9,8% do total das operações. Sendo assim, não basta estar acima do peso para se candidatar à cirurgia bariátrica. É preciso se enquadrar em algumas regras, mesmo para fazer o procedimento pelo plano de saúde.

Veja quais são elas e como se preparar para a cirurgia!

Qual o público da cirurgia bariátrica

A cirurgia bariátrica tem um público bastante específico. Ela é voltada para pessoas com grau II ou III de obesidade, com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 30 kg/m², desde que se enquadre em alguns critérios.

Em outras palavras, a cirurgia em destaque é indicada para os casos de obesidade mórbida, especialmente para quem tem um ou mais problemas de comorbidades.

As comorbidades, no que lhe concerne, incluem uma lista de pelo menos 20 doenças associadas à obesidade. Entre elas estão problemas como colesterol elevado alto, problemas de coluna, apneia, hipertensão, diabetes, aterosclerose, insuficiência cardíaca e/ou respiratória, asma e entre outros.

Na verdade, a cirurgia em destaque não é a primeira solução oferecida pelo médico ou pela equipe multidisciplinar que costuma cuidar desses casos.

Geralmente, para haver indicação da cirurgia bariátrica, é preciso que haja falha no tratamento clínico por dois anos. O procedimento cirúrgico se transforma na primeira opção, quando o quadro se agrava e revela a formação de outros problemas relacionados.

Número de procedimentos realizados poderia ser maior.

Segundo os cálculos da SBCBM, 5 milhões de brasileiros estariam aptos atualmente ao procedimento. Para a Sociedade, no entanto, o número de bariátricas feitas no país poderia ser maior caso a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) atualizasse suas diretrizes.

A ANS, que regulamenta os planos de saúde, não considera as indicações de cirurgias bariátricas para quem tem as doenças associadas à obesidade ou que tenha diabetes em níveis mais graves, mas não seja obeso, por exemplo.

Quem pode fazer a cirurgia bariátrica?

  • Maiores de 16 anos;
  • Pessoas que tenham indicação de um endocrinologista ou outro especialista;
  • Quem tem IMC igual a 30 kg/m² e com diabetes há mais de 10 anos sem resposta a outros tratamentos;
  • Pessoas com IMC igual a 35 kg/m² com comorbidades;
  • Pacientes com IMC igual ou maior que 40 kg/m² sem sucesso em tratamentos clínicos nos últimos 2 anos.

Quais os tipos de cirurgias bariátricas feitas hoje?

O procedimento é invasivo e, na maioria das vezes, significa a remoção de parte do estômago ou do intestino. Dessa forma, o organismo absorve menos calorias, mas também promove alterações hormonais que favorecem a correção da diabetes e da obesidade. Há 4 tipos de cirurgia bariátrica, vejamos!

Banda gástrica

É o tipo menos invasivo e que apresenta menos riscos. Durante a cirurgia é colocado um anel em volta do estômago, reduzindo seu tamanho e, consequentemente, a quantidade de alimentos que serão ingeridos. O tempo de recuperação é mais rápido, mas o resultado nem sempre é o mais satisfatório.

Bypass gástrico

Nesse procedimento, grande parte do estômago é retirado em uma cirurgia invasiva. O início do intestino é conectado à parte que ficou do estômago, reduzindo o espaço disponível para receber os alimentos.

Dessa forma, a quantidade de calorias absorvidas também diminui. Os resultados são considerados ótimos, com perda de até 70% do peso inicial. No entanto, há mais riscos e a recuperação é mais lenta.

Gastrectomia vertical

É mantida a ligação natural do estômago com o intestino, mas ainda há remoção de parte do órgão. Os riscos são menores e a perda de peso é de até 40% em relação ao inicial.

Derivação biliopancreática

Nessa cirurgia, parte do estômago e a maior parte do intestino delgado são removidos. Como essas são as áreas em que há mais absorção de nutrientes, há uma boa redução de calorias.

Como se preparar para a cirurgia bariátrica?

Seja qual for o tipo de cirurgia bariátrica, o paciente deve antes passar por alguns procedimentos. Conheça alguns deles.

  • Exame geral completo de todas as funções do organismo, buscando avaliar possíveis riscos da cirurgia;
  • Avaliação e tratamento psicológico de qualquer instabilidade emocional, pois o procedimento costuma gerar ansiedade;
  • Além das consultas com psicólogo, há ainda outros necessários, como o nutricionista e fisioterapeuta — relacionadas ao pré e pós-operatório (dieta, reposição de vitaminas e sais minerais, prática de exercícios físicos, acompanhamento nutricional, acompanhamento psicológico, etc.)
  • Dependendo do estado do paciente, é preciso tratar outros problemas.

Como qualquer outra cirurgia, a bariátrica também apresenta riscos:

  • Transferência de um vício (de comer) por outro (álcool ou cigarro, por exemplo);
  • Anemia e deficiências nutricionais após a cirurgia;
  • Vômito, diarreia e sangue nas fezes;
  • Fístulas na região operada;
  • Sangramento interno;
  • Embolia pulmonar.

Como é a recuperação da cirurgia bariátrica?

Logicamente, a recuperação da cirurgia em destaque varia segundo as próprias características do paciente e até mesmo com a técnica empregada. Em linhas gerais, ela vem se tornando cada vez mais satisfatória e dinâmica, sobretudo para pacientes que seguem as orientações médicas e contam com apoio dos familiares.

Para estar plenamente recuperado, é natural que se passem alguns meses, em que a pessoa tende a perder, usualmente, entre 10% a 40% do peso inicial, sendo essa perda mais intensa nas primeiras semanas. Aliás, o período inicial costuma implicar em mais sintomas, como náuseas, vômitos e diarreia.

Esse quadro pode ser mais intenso após as refeições, o que apenas reforça que é necessário redobrar os cuidados com a alimentação e com o retorno às atividades da vida cotidiana. Exercícios respiratórios podem ser indicados nos primeiros dias de pós-operatório, para melhorar o conforto e prevenir complicações pulmonares.

Como deve ser a dieta após a cirurgia bariátrica?

Como mencionado, a dieta tem um papel muito importante na recuperação da cirurgia bariátrica e, na maioria das vezes, o médico e o nutricionista de sua equipe passarão um plano alimentar bastante minucioso para o paciente, que deve ser seguido com atenção, em especial nos primeiros dias subsequentes à intervenção operatória.

Da mesma maneira que alguns alimentos devem ser evitados no momento inicial, outros devem ser priorizados, sobretudo por conta de suas características nutricionais e sua facilidade digestiva. Quando a nutrição oral é liberada, que geralmente ocorre após dois dias, a pessoa deve beber água e chás, a cada 20 minutos, em pouca quantidade.

Gradualmente, outras opções serão introduzidas, em uma crescente de consistência, que passa por comidas pastosas, como pudins e cremes, depois sólidos em pequenos volumes e assim por diante. Em decorrência dessa restrição, é muito comum o uso de um polivitamínico, sobretudo os que têm ácido fólico e vitaminas do complexo B.

Quais outros cuidados após a cirurgia bariátrica

Além das questões relacionadas com a dieta alimentar, existem outros cuidados que o paciente deve adotar após a cirurgia bariátrica. Eles também dependerão, logicamente, da técnica empregada e das características da pessoa, mas podemos, de uma maneira geral, compreender as ações e atitudes que ajudam a ter uma boa recuperação.

Um item que merece bastante atenção é o curativo, tendo em vista que, caso ele infeccione, isso pode criar um problema potencialmente incômodo e desnecessário. É preciso seguir as recomendações do médico para a troca, além de mantê-lo limpo, hidratado e seco, até o fim do período indicado para a retirada dos pontos ou agrafos.

Em linhas gerais, a realização de exercícios físicos é recomendada após uma ou duas semanas do procedimento, sendo realizados apenas com o auxílio de um profissional de educação física, com atividades que aumentem de intensidade muito lenta e gradualmente. No começo, é comum apostar em caminhadas curtas, evitando pesos e abdominais por até um mês, no mínimo.

Por tudo isso que você leu ao longo deste texto, fica simples compreender o quanto é fundamental que haja um acompanhamento multidisciplinar, que deve ser realizado por profissionais especializados e em todas as fases que envolvem a cirurgia em destaque.

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Denise
SOBRE O AUTOR: Posts desse autor

Denise Huguet

Jornalista formada pela PUC-RJ com certificação pela Rockcontent em produção de conteúdo. Já fui repórter, redatora, editora, assessora de imprensa e apresentadora de telejornal com passagens por jornais como O Globo, O Fluminense, A Tribuna e várias instituições de pesquisa e ensino. Desde 2010 me dedico integralmente à produção de conteúdo. Portfólio: https://denisehuguet.wixsite.com/dhcomunicacao

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