Como ocorre a criação de vacina?
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A criação de vacina é uma tarefa muito difícil. Estima-se que, para desenvolver uma, são necessários anos de pesquisa e testes. Entretanto, nos dias de hoje – com a pandemia do novo coronavírus – a comunidade científica se juntou para a criação de vacina contra esse vírus, gerando resultados em períodos bem curtos.
O que seriam até 10 anos de pesquisa e testagem, com a ajuda mútua de muitas partes do mundo, se transformaram em um ano e poucos meses.
Entenda as etapas da criação de vacina
Para o desenvolvimento de vacinas, é preciso algumas etapas importantes para que seu desenvolvimento seja eficaz. Confira a seguir:
Etapa 1 – Laboratorial
Composta por pesquisas iniciais e análises de possibilidades – tudo isso é restrito apenas aos laboratórios. Nessa fase é identificado o agente responsável pela doença, assim como é ponderado qual será a melhor composição da vacina – analisando métodos e moléculas.
Etapa 2 – Pré-Clínica
Aqui começam os testes em outros seres vivos, e para isso usamos animais, para comprovar os dados obtidos em experimentos anteriores. Geralmente, busca-se animais que reajam ao vírus de forma semelhante ao organismo humano – como macacos e camundongos.
Mesmo que se obtenha resultados positivos, não existe nenhuma garantia da vacina aplicada em humanos – visando danos, efeitos colaterais etc. Por isso, é necessária a etapa clínica.
Etapa 3 – Clínica
Sendo a mais extensa das etapas na criação de vacina, é também a mais complexa – pois envolve o teste com seres humanos em até 3 fases.
Fase 1
Essa primeira fase analisa a segurança da vacina, sendo testada em adultos saudáveis – em média de 20 a 100 pessoas. Aqui, é possível observar a resposta imunológica. Além disso, analisa-se potenciais efeitos colaterais, dosagens e intensidade do produto.
Fase 2
A quantidade de voluntários testados aumenta consideravelmente nessa fase – que busca entender de maneira mais concisa a eficácia da vacina.
Geralmente, os pesquisadores já possuem dados importantes de dosagem e efeitos colaterais esperados, o que acaba tornando o grupo testado mais heterogêneo – com pacientes considerados de risco.
Para beneficiar as análises da resposta imunológica, são utilizados grupos de controle que são medicados apenas com placebo – o que auxilia de forma mais detalhada a eficácia da vacina e a reação do organismo.
Na fase 2 também são considerados os efeitos colaterais mais raros e outros apontamentos de segurança, que podem não ter surgido na primeira fase de testes.
Fase 3
Nela, testamos e avaliamos a eficácia e segurança da vacina – a partir de observações da vacina no mundo real, onde os voluntários ficam expostos ao vírus.
O uso do placebo é essencial para a comparação de resultados em dois grupos. É usado um sistema chamado de “duplo-cego” – onde o cientista e o voluntário não sabem se a aplicação é da vacina ou do composto ineficaz – onde não há nenhuma mudança de comportamento que afete os resultados.
Por ter a exposição ao vírus por conta própria, essa fase pode durar muitos anos. Dessa forma, os pesquisadores procuram áreas onde o vírus ocorre em maior incidência.
Só após essa etapa – e da aprovação dos órgãos regulatórios – a fabricação em maior escala pode ocorrer. Mesmo depois que é aprovada, a vacina segue em constante observação e avaliação!
Vacina injetável ou oral?
Na maioria das vezes, o método de aplicação de uma vacina é decidido pelos cientistas que realizam a pesquisa – visando o modo como a doença ataca.
Por exemplo, a vacina para o rotavírus é oral, pois sua contaminação é por meio de água ou comida – sendo assim, sua infecção começa pelo sistema digestivo.
Entretanto, nos dias de hoje a maior parte das vacinas é injetável!
Quais os tipos de vacina?
Agora que você já entendeu todo o processo de criação de vacina, que tal saber um pouco mais sobre os seus tipos. Confira a seguir:
Inativada
A vacina contém o microorganismo da doença inativada – por meio de agentes químicos, calor, antibióticos etc. As vacinas mais populares que usam esse método são a da gripe e da hepatite A.
Toxoide
Esse tipo de vacina é composta pelos compostos tóxicos inativos que causam a doença. São muito conhecidas por sua eficácia. Entretanto, nem todos os toxoides são de microorganismos.
As vacinas mais populares compostas por esse método são a de tétano e difteria.
Valência
Esse tipo de vacina pode ser monovalente – que imuniza contra um único antígeno ou microorganismo – ou multivalente – que imuniza contra duas ou mais cepas de um mesmo microrganismo.
Em alguns casos, a vacina monovalente pode ser preferível por conta da sua rápida resposta no sistema imunológico.
Subunidade
Utiliza-se um fragmento do microorganismo atenuado ou inativo – como uma subunidade protéica – para gerar uma resposta do sistema imunológico.
Atenuada
Quando o vírus vai sendo enfraquecido aos poucos e não é mais capaz de causar doenças. Mesmo assim, ele continua sendo reconhecido pelo sistema imunológico.
As vacinas atenuadas mais populares são a da febre amarela, sarampo, catapora, caxumba e rubéola.
Heterotípica
Conhecida como vacina heteróloga, são aquelas em que os patógenos vem de animais – que não causam a doença ou apenas causam sintomas leves.
Um exemplo recente é a vacina BCG – feita a partir da bactéria bovina Mycobacterium bovis – que protege o organismo contra a tuberculose.
Conjugada
Esse tipo é produzido para combater diferentes tipos de doenças causadas por bactérias chamadas encapsuladas – que possuem capa protetora composta por polissacarídeos.